O Humanitas360 acaba de publicar seu Relatório Anual 2025, documento que registra as principais ações e projetos do Instituto este ano, e que foi apresentado durante a Reunião Anual do Conselho em outubro. “Quando criamos o H360 em 2015, tínhamos como objetivo reduzir a violência, fomentar a cidadania ativa e promover os direitos de populações vulneráveis, em especial no sistema prisional”, afirma a presidente Patrícia Villela Marino na carta de abertura. Ela destaca que a atuação do Humanitas360 “foi aprofundada ao mesmo tempo em que se expandiu para outras áreas, como a justiça climática – refletindo a compreensão de que as emergências ambiental e social são inseparáveis.”
O relatório apresenta a estrutura organizacional do Instituto através da Matriz de Programas e Projetos, dividida em quatro eixos principais: Empreendedorismo Atrás e Além das Grades, Informação e Pesquisa, Parcerias Institucionais e Justiça Climática. Entre os destaques de 2025 estão a participação na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza com instalação sobre Cânhamo, a parceria com o negócio social Tereza, o projeto Portas Verdes: Saidinha de acolhimento a pessoas em regime semiaberto, e a ampliação da Coalizão Água Potável para os Povos Indígenas, que beneficiou todas as principais aldeias do povo Paiter Suruí.
O presidente do Conselho, Embaixador Rubens Ricupero, ressalta a relevância internacional alcançada pelo Instituto: “A capacidade de realização e impacto internacional do Humanitas360 ganhou reconhecimento após a participação na Bienal de Arquitetura de Veneza, onde uma instalação inovadora produzida com painéis de cânhamo foi apresentada”. Ricupero também enfatiza que, apesar do horizonte global, “o Instituto jamais abandonou os problemas estruturais brasileiros e suas principais vítimas”, citando projetos de acolhimento, clubes de leitura no cárcere e a promoção de debates sobre segurança pública.
Uma seção especial do relatório resgata a trajetória da organização através de uma linha do tempo ilustrada, destacando momentos como o lançamento do Instituto em 2015 na Riviera Maya (México), o prêmio Nelson Mandela da ONU para o vídeo “Tecendo a Liberdade” em 2017, a criação das cooperativas de pessoas presas e da marca Tereza em 2018, e marcos recentes como a posse de Patrícia Villela Marino no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República, em 2023, e o recebimento do prêmio internacional Catalyst 2030 em Londres, no mesmo ano.