Humanitas360 firma parceria para novo projeto com detentas no Pará
O Instituto Humanitas360 levou a artista plástica norte-americana Liza Lou para conhecer o trabalho inovador sendo feito no Centro de Reeducação Feminino (CRF) de Ananindeua no Pará. O objetivo foi apresentar à artista a COOSTAFE (Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora), primeira cooperativa formada exclusivamente por detentas no Brasil.
Além de desenvolverem habilidades manuais, produzindo peças como utensílios domésticos e brinquedos, a cooperativa permite que as reeducandas gerem renda para suas famílias, mesmo dentro da unidade prisional. Graças à liderança da Dra. Carmen Botelho, diretora da unidade, o CRF de Ananindeua se tornou modelo de boas práticas no país.
A proposta do Humanitas360, em parceria com os parceiros Observatório Social de Belém, a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará) e o CRF, é de proporcionar aos membros da COOSTAFE e a Liza Lou um espaço para juntas fazerem arte, desenvolverem novas habilidades e atrair maior visibilidade para a cooperativa como modelo a ser replicado em outros presídios do Brasil.
“Nosso Instituto fica muito satisfeito em participar e promover iniciativas e ideias que visam valorizar e abrir caminhos de oportunidades para cidadãos que se encontram em um nicho esquecido da sociedade. Nossa proposta é articular com o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada e, juntos, assumir uma corresponsabilidade cívica com essas pessoas. Elas não deixaram de ser cidadãs, apenas estão privadas de sua liberdade”, disse Patrícia Marino, presidente do H360.
O H360 aproveitou o encontro para celebrar um termo de cooperação com a Susipe para dar base legal e garantir a evolução do projeto, que se encontra na fase de detalhamento e captação de recursos. O início dos trabalhos está previsto para a segunda metade de 2017.
“Precisamos mobilizar a sociedade para uma mudança de pensamento, ao ver que as pessoas que estão aqui são capazes de produzir algo belo, e que através do trabalho são capazes de mudar a sua perspectiva de vida, mudar a sua conduta social. Essas mulheres precisam se sentir úteis, pois acreditamos que uma nova chance seja uma nova oportunidade de vida”, reforçou Botelho.