Mulheres da cooperativa Lili agora usam contas digitais

As egressas atendidas pelo programa Empreendedorismo Atrás e Além das Grades, do Instituto Humanitas360, deram um importante passo no acesso à tecnologia e a independência financeira. Cada uma das mulheres da cooperativa Lili agora possui uma conta digital própria, permitindo o acesso direto e a gestão de seus ganhos com a venda dos produtos e do auxílio financeiro fornecido pelo Instituto desde o início da pandemia. A solução oferece autonomia e praticidade às cooperadas.

Desde abril, o H360 disponibiliza mensalmente uma ajuda de custo às mulheres egressas do sistema prisional que participam da cooperativa Lili, uma forma de auxiliar nas despesas enquanto as atividades da cooperativa estão suspensas. Como muitas não possuem conta corrente – principalmente pela questão do CPF estar ‘negativado’ em razão da dívida aberta com o Estado (por conta de uma pena de multa, na saída da prisão) – o pagamento vinha sendo feito em contas de parentes ou terceiros indicados por elas, o que acabava prolongando o processo do recebimento do dinheiro, uma vez que elas dependiam de outras pessoas.

Pensando em uma padronização no processo de pagamento e na possibilidade de oferecer ferramentas digitais de gestão financeira, o H360 propôs às egressas a criação de contas digitais pessoais. A abertura da conta é feita através do aplicativo do banco, em nome da cooperada. A ferramenta foi bem recebida pelo grupo de mulheres, que contou com o apoio da assistente social do programa para realização do cadastro na plataforma e para orientações de como utilizá-la.

Uma pesquisa realizada pela Fujitsu revelou que 1 em cada 4 brasileiros já usam bancos e fintechs. A abertura de contas com menos burocracia, sem tarifas e com oferta de produtos financeiros são algumas das vantagens oferecidas pelos bancos digitais. A conta digital oferece independência e mobilidade as cooperadas, que poderão realizar transferências sem custo, utilizar a função crédito e pagar contas, tudo através do celular.

Para a gerente de operações do H360, Janaína Reis, a adesão a conta digital pelas cooperadas é um importante passo para oferecer ferramentas de tecnologia na gestão de seu negócio: “Queremos cada vez mais que estas mulheres tenham acesso e familiaridade com a tecnologia para empreenderem suas próprias jornadas de autonomia. A partir do momento em que a gente traz uma solução digital, elas vão se conectar com o processo de pagamentos e dos recursos que, como donas do próprio negócio, elas vão ter na cooperativa.” A ideia é que a partir de agora todas as operações financeiras entre a cooperativa Lili e as artesãs seja feita através desta ferramenta digital.