Humanitas360 inaugura cooperativa social na unidade prisional feminina de São Luís

O Instituto Humanitas360 inaugurou na manhã desta quarta-feira (26) a Cooperativa Cuxá, iniciativa que vai incentivar o empreendedorismo social entre mulheres presas em Pedrinhas (a Unidade Prisional Feminina de São Luís). O projeto é uma parceria com o Governo do Maranhão, através da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SEAP-MA) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A cooperativa faz parte do programa “Justiça Presente”, e vai atender mulheres privadas de liberdade na Unidade Prisional Feminina do Complexo Penitenciário de São Luís, com aulas de corte e costura, crochê e outros segmentos com os quais elas tenham afinidade e possam empreender após cumprirem o processo de ressocialização. As coleções exclusivas produzidas serão comercializadas no site tereza.org.br, e a renda será repassada integralmente às cooperadas.

Por meio de evento virtual, representantes do Governo, Instituto Humanitas360 e do Judiciário destacaram a importância da cooperativa para o processo de ressocialização das mulheres. A presidente do Instituto Humanitas360, Patrícia Villela Marino, defendeu que a reinserção das cooperadas na sociedade depende fundamentalmente de um processo de reconciliação. “É isso que estamos fazendo com a cooperativa: reconciliando pessoas para que elas possam adquirir uma nova chance, uma nova oportunidade e, assim, aproveitar e desfrutar do convívio cívico”.

“A cooperativa representa um nova porta que se abre para que a sociedade brasileira compreenda a importância da promoção da dignidade humana no sistema de justiça criminal, valor esse que precisa ser permanentemente resguardado, se quisermos nos fortalecer enquanto sociedade justa e atenta aos direitos fundamentais de todo ser humano”, afirmou o secretário geral do CNJ, desembargador Carlos Vieira von Adamek.

O vice-governador Carlos Brandão ressaltou os avanços do Sistema Penitenciário do Estado nos últimos cinco anos. “É um trabalho sério e com grandes resultados. Hoje temos mais de três mil detentos trabalhando, sendo capacitados; além de inúmeros avanços, que fizeram a nossa gestão penitenciária ser reconhecida internacionalmente e se tornar referência para outros estados”, enfatizou.

Representando o Tribunal de Justiça do Maranhão, o juiz Marcelo de Silva Moreira reforçou a importância em oferecer uma oportunidade às pessoas que cumprem medidas sócio-educativas. “As condições de cumprimento de pena e medida sócio-educativa no Brasil precisam estar em garantia com os princípios da nossa Constituição. Ao instalarmos hoje a Cooperativa Cuxá estamos cumprindo a nossa obrigação e responsabilidade de dar uma oportunidade a essas pessoas de terem um recomeço, seguirem em frente”.